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Tudo que não é Resolvido se Repete

Foto do escritor: Diego Ferreira de OliveiraDiego Ferreira de Oliveira

A repetição é um fenômeno psicológico comum e pode ser entendida como uma forma de lidar com experiências passadas não resolvidas. Quando um evento traumático ocorre, pode ser difícil para o indivíduo processar e integrar essa experiência em sua vida. Como resultado, o indivíduo pode experimentar flashbacks, pesadelos ou comportamentos repetitivos que, de alguma forma, lembram o trauma. A repetição pode ser vista como uma tentativa inconsciente de lidar com o trauma, de fazer sentido do que aconteceu e de se proteger contra a dor emocional que a experiência traumática causou.


A psicanálise entende a repetição como um processo inconsciente que busca lidar com o trauma. O psicanalista Sigmund Freud argumentou que o trauma é processado de forma diferente do que outros eventos. Enquanto os eventos comuns são assimilados de maneira natural, o trauma pode ser tão perturbador que não pode ser assimilado normalmente e, portanto, é repetido de alguma forma. A repetição pode ocorrer de maneira óbvia, como em comportamentos compulsivos, ou de maneira mais sutil, como em relacionamentos pessoais repetitivos.


Um exemplo de repetição como trauma não superado é uma pessoa que vive relacionamentos abusivos repetidamente. Essa pessoa pode não entender por que continua a se envolver em relacionamentos que são tão dolorosos e prejudiciais para ela. No entanto, a repetição pode ser vista como uma forma inconsciente de tentar consertar o trauma emocional não resolvido do passado. A pessoa pode estar tentando recriar a dinâmica familiar ou a relação disfuncional que experimentou na infância para tentar consertá-la.


A repetição pode ser um obstáculo para a cura e o crescimento pessoal. No entanto, a psicanálise oferece uma maneira de entender e lidar com a repetição. Ao ajudar o paciente a explorar seus sentimentos e experiências passadas, o psicanalista pode ajudá-lo a entender como a repetição está relacionada ao trauma não resolvido. Com essa compreensão, o paciente pode começar a trabalhar para superar o trauma e, eventualmente, liberar-se da compulsão repetitiva.

 
 
 

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