O narcisismo é um conceito chave na psicanálise, que se refere ao amor excessivo por si mesmo e à busca de gratificação pessoal. Segundo Freud, o narcisismo é uma fase normal do desenvolvimento humano, mas em alguns casos pode se tornar patológico e prejudicar a relação do indivíduo com o mundo.
Na perspectiva psicanalítica, o narcisismo é considerado como uma defesa contra a ansiedade e a angústia, uma vez que o indivíduo se concentra em si mesmo e evita o contato com o mundo externo. Isso pode levar a uma falta de empatia e sensibilidade em relação aos outros, bem como a um desequilíbrio entre as necessidades do ego e as necessidades sociais.
Um exemplo clássico de narcisismo na perspectiva psicanalítica é o mito de Narciso, que se apaixona por sua própria imagem refletida na água e acaba morrendo por sua incapacidade de se relacionar com o mundo real. Outro exemplo é o de um indivíduo que se recusa a aceitar críticas ou feedbacks, e sempre busca justificativas para se manter em uma posição de superioridade, mesmo que isso signifique negar suas próprias falhas ou erros.
No entanto, o narcisismo não se manifesta apenas em indivíduos isolados. Também pode ser encontrado em grupos sociais ou políticos que buscam manter sua posição de poder e prestígio, a fim de garantir sua sobrevivência ou dominação sobre os outros. Essa forma de narcisismo coletivo pode levar à discriminação, exclusão e violência contra aqueles que são percebidos como diferentes ou inferiores.
Por fim, é importante lembrar que o narcisismo não é necessariamente patológico em si mesmo, mas pode se tornar um problema quando afeta negativamente a capacidade do indivíduo de se relacionar com os outros e de se adaptar ao mundo real. Portanto, é importante que os indivíduos reconheçam a existência do narcisismo em si mesmos e em suas relações interpessoais, a fim de promover uma maior empatia, compaixão e respeito mútuo.
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